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28 junho 2018

Os anseios de ser um jovem-adulto.

Nunca fui muito cheia de pessoas ao meu redor; por mais que a família seja grande. Nunca tive muitos amigos comigo. As férias sempre foram tediosas, só mudaram quando ganhei meu primeiro computador, que é o qual eu escrevo até hoje.

Quando ganhei meu computador, pude fazer amizades e estar o tempo todo em conexão com alguém, onde, era ótimo pra mim, até perceber que, por mais que eu goste, as vezes, quero voltar a ser aquela criança sozinha e com seus milhões de pensamentos. O problema agora, é que os pensamentos se tornaram preocupações, e com os anseios meus, não tenho respostas para essas perguntas.

E isso é horrível. Estamos em uma geração que nos preocupamos demais sobre tudo e com tudo. Há a necessidade de estarmos "bem" aos 25 anos, com um emprego, com casa própria e formados, mas quem consegue isso sozinho? Fomos manipulados a enxergar que agora somos todos adultos e precisamos viver como adultos sem estarmos psicologicamente preparados para tais situações. E isso não é drama, de modo algum. Alguns conseguem e olha isso é ótimo, mas outros não, e precisamos entender que cada um é cada um, independente do modo de vida dessa pessoa.

Não foi fácil ser adulto nas gerações passadas e não será nessa. A vida cobra o tempo todo, mas quem está ao nosso redor também, sem ao menos perceber que fazem isso. As vezes precisamos de um momento nosso, sozinho, sem interferência de redes sociais, músicas, filmes, apenas nós e nossos pensamentos, aliás a melhor companhia, é a nossa. 

Achar um culpado para tal circunstância não é válido, são vários fatores que acarretam a uma cobrança enorme por cima de nós, jovens. As vezes com o advento das mídias sociais que mostram que fulano conseguiu algo, e nós não. Demora a entender e alguns ainda não conseguem entender, que cada pessoa tem o seu próprio ritmo. Mas nós queremos tudo ao mesmo tempo sem querer esperar. E a partir desse olhar pelo outro, precisamos compreender que é preciso estar sozinho, sem a interferência de um ou de outro ditando como deveria ser a nossa vida, como deveríamos nos portar e nos vestir.

Nos tornamos adultos e parece que a vida só vai ficar assim pra sempre; sendo adulto, tendo suas obrigações, como se fosse uma máquina a todo tempo, sem compreender que não somos pela coletividade, mas que somos apenas indivíduos que possuem importância, que podem pensar por si mesmos, sem ter a obrigação de se espelhar no outro, onde muitas vezes, o caminho que ele trilhou não é o mesmo que o seu.

Necessitamos estar sozinhos, pensar sobre nós e as coisas que deveríamos fazer sem pressa. Temos uma vida inteira e ela não vai acabar aos 20 anos se não conseguirmos atingir todas as metas. As frustrações existem, mas que possamos repensar sobre nossos caminhos.