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24 maio 2015

Amar o próprio corpo acima de tudo, SIM!


Cresci a minha vida toda com as seguintes opiniões: "Nossa vc é fortinha né, precisa emagrecer" "Nossa tá gordinha ela né, tem que cuidar se não quando crescer vai ter problemas de saúde". Quantas e quantas vezes minha mãe não ouviu coisas assim? Muitas e muitas. Sou mais fortinha que todas as minhas amigas desde que me conheço por gente, na escola sempre brincadeiras desagradáveis sobre o meu corpo e quando chegava em casa só chorava no banheiro, e chorava no outro dia também, para não ir na escola e ter que ouvir o que as crianças da minha idade diziam para mim. Foi uma época difícil? Sim e muito, porém acabou... até eu chegar no ensino fundamental I, continuou então as mesmas brincadeiras, tinha vergonha de mim, do meu corpo e do meu cabelo, de ser o patinho feio da sala, mesmo com a minha mãe dizendo "Filha, você é linda" só que assim querida mãe, eu sabia que não era. Piorou então quando eu tive que usar óculos, Deus do céu, como eu fui chamada de 4 olhos, ceguinha... whatever, o que vocês já devem saber. Odiava profundamente a escola, e o pior, odiava a mim mesma. Por que? Pelo o que os outros falavam de mim, não por mim mesma, não por eu me conhecer, como as pessoas dizem: pelo o que eu fui rotulada.
A história para por ai? Não, sim parece aquelas histórias de meninas que sofriam bullying e deram a volta por cima e tudo mais, porém continuem lendo...
Se eu na infância já tive todo esse "ódio" comigo mesma, imaginem na pré adolescência, a etapa mais bosta na vida de uma criança/adolescente de 11 anos, desde sempre fui mais desenvolvida que as outras meninas, se é que me entendem, dai então numa mistura louca de hormônios e tudo mais, eu era mais cabeça e já tinha em mente o que eu queria para a minha vida, e o primeiro passo dela era ser reconhecida pela minha capacidade intelectual, sim, era a nerd da sala, mas mesmo assim conversava com todos, da sala e as brincadeiras como estavam? Continuavam, continuavam, continuavam... Para me libertar disso, criei então o blog, não o versos, mas um outro que já está excluído há alguns anos... Aquele blog era meu refugio, escrevi tudo o que sentia e ao final... a internet acabou virando meu refúgio, época de tumblr, Youtube quando os canais super famosos hoje já estavam crescendo... E eu? Também estava crescendo, comecei a me arrumar, parei de me importar com opiniões, me amei e me amo até hoje.
Estou no ensino médio, e as brincadeiras? Acabaram! Troquei de escola, mudei o óculos que hoje eu amo tanto, mudei o cabelo e  o meu corpo? Continua o mesmo, porém o amo como ele é, e sou feliz com ele assim, ainda existem opiniões desnecessárias? Várias, mas hoje sei me importar com opinião que agrega valor para mim. 
Como eu comecei a me amar? Não foi fácil... primeiro desenvolvi um começo de bulimia... Época dificil, other story, anyawy... Minhas inspirações foram e são, até hoje as modelos plus size, falo delas em outro post...
Mas como o titulo diz, Amar o próprio corpo acima de tudo sim! Se aceite como é, não dói e eu recomendo a todos. Ninguém pode intervir sobre o que você é, e nem te dizer como você deve ser, cada um tem seu jeito e seu estilo, se você se gosta assim, pra que agradar os outros? Mude por ninguém, e não sinta vergonha do que você foi no passado, foi tudo uma lição para você se tornar a pessoa que é hoje.